"Nossa missão neste projeto foi pensar cada detalhe com foco na inclusão. Desde o mobiliário acessível até os conteúdos em Libras e audiodescrição, queremos que todos os visitantes se sintam parte dessa história", disse o museologista.
O acervo do museu é amplo e conta com peças de valor histórico e cultural inestimável, como a urna funerária indígena com mais de 800 anos, encontrada em Monte Mor, objetos de mais de vinte etnias indígenas e um acervo de história natural que inclui espécimes doados pelo Instituto Butantan. Também compõem a coleção relíquias pessoais do Dr. Desidério Aytai e itens de fundadores da cidade, como o baú de José Aguirra de Camargo.
Além da nova exposição, o Museu Elisabeth Aytai também ganhará uma nova sede expositiva, na Praça Coronel Domingos Ferreira, 95. O local escolhido pela Prefeitura será mais amplo, moderno e preparado para receber exposições maiores, ampliar seu acervo e garantir mais conforto e estrutura ao público visitante. O prédio atual será utilizado para a guardar o acervo, realizar atividades educativas e de pesquisa.
Um dos pilares desta nova fase do Museu é a acessibilidade. A expografia está sendo desenvolvida para atender às diretrizes da NBR 9050, garantindo que o público com deficiência física, visual, auditiva e neuro divergente possa desfrutar de toda a exposição. Entre os recursos que serão ofertados estão a audiodescrição dos textos e peças, traduções em Libras, peças táteis em 3D, mobiliário expositivo acessível e conteúdo com linguagem simples e visualmente acessível.
"A nova exposição do Museu Elisabeth Aytai representa um marco para Monte Mor. Estamos valorizando nossa memória, nossos saberes e, acima de tudo, garantindo que todos tenham acesso a esse patrimônio. A futura sede é o próximo passo para consolidar o museu como referência cultural regional", afirmou a secretária de Cultura e Turismo, Andreza Ramos.
SOBRE O MUSEU
Inaugurado em 1988, o Museu Municipal Elisabeth Aytai é uma referência regional na preservação do patrimônio arqueológico e etnográfico. Fundado pelo etnólogo Desidério Aytai, a instituição abriga acervos de grande relevância histórica e científica e, nos últimos anos, tem investido em políticas de democratização e inclusão cultural.
O local também conta com a Casa dos Saberes Ancestrais – Opy, um espaço dedicado à valorização das culturas indígenas por meio de oficinas, encontros e atividades comunitárias.