Muito tempo antes de o Brasil ser descoberto pelos portugueses, a área que compreende Monte Mor já era conhecida e habitada por indígenas Tupi-Guarani. Vestígios desta cultura, como fragmentos de cerâmica e material lítico (rochas e minerais) foram encontrados em escavações sistematicamente realizadas nos sítios Tapajós e Rage Maluf a partir de 1.971.
Fatores como a boa qualidade do solo e a água em abundância, através dos rios, ribeirões e córregos, contribuíram para atrair e fixar o homem neste local. Os primeiros a se fixarem, em razão destes fatores, foram os indígenas. Mais tarde, os cargueiros, vindos de Piracicaba, conduziam suas mercadorias agrícolas para serem comercializadas em centros maiores como São Paulo e Santos, encontravam nas terras de Monte Mor condições adequadas para o pouso.
Já no final do século XVIII, o Coronel Modesto Antonio Coelho Neto e o Alferes Luis Teixeira de Tolledo, receberam por sesmarias terras nesta região, estabeleceram-se aqui com suas famílias e escravos com o propósito de cultivá-las.
Em seguida, famílias vindas de Itu, Porto Feliz, passaram a adquirir suas propriedades, cultivando-as, tendo assim iniciado o primeiro desenvolvimento de Monte Mor. O núcleo urbano era pequeno com uma organização social incipiente. Como católicos fervorosos, em 1.820, as famílias Ferreira Alves, Bicudo de Aguirre e Aguirre Camargo, doaram terras para a construção e sustentação de uma Capela sob a invocação de Nossa Senhora do Patrocínio. Nesta época o local era denominado Capela Curada de Nossa Senhora do Patrocínio de Capivari de Cima.
Por decreto de 16 de agosto de 1832, a antiga Capela Curada foi ereta em Freguesia com a denominação de Nossa Senhora do Patrocínio de Água Choca e por lei provincial da Assembleia Legislativa, a Freguesia foi elevada à categoria de Vila de Monte Mor em 24 de março de 1871, data essa que se comemora o aniversário da Cidade.
Até 1878, Monte Mor pertenceu ao Termo de Itu, desta época em diante passou ao termo de Capivari, através de solicitação da Câmara Municipal à Assembleia Provincial.
A instalação de indústrias nos últimos anos, facilitada ainda pelos múltiplos loteamentos de baixo custo, feitos a pagamento de longo prazo, intensificaram a migração de várias regiões para Monte Mor. O crescimento populacional acarretou também no desenvolvimento similar de vários outros aspectos.
Escudo redondo, cortado no chefe. No primeiro, a prata que, em heráldica simboliza a pureza, evoca os bons sentimentos de todos quantos filhos de Monte Mor ou a ela vindos, almejam a liberdade que por direito deve imperar entre os homens. O Monte, de preto, é a própria denominação da cidade – MONTE MOR.
No segundo, verde, representa os campos férteis do Município onde viceja uma bem cuidada agricultura. A estrela de ouro, de cinco pontas, evidencia a Santa Padroeira do Município – Nossa Senhora do Patrocínio. A faixa ondeada, de prata, lembra o lendário rio Capivari, que serpenteia gracioso cortando a orla Municipal. No alto do escudo, a coroa mural simboliza a emancipação política de Monte Mor.
No listel de prata, as datas 1.832 e 1.871, lembram, aquela, o ano em que o povoado foi elevado a distrito, e esta, o ano em que o distrito recebeu foro de Município. A palavra Monte Mor, é a própria denominação da cidade servindo também para identificar o escudo.