Prefeitura de Monte Mor intensifica precauções em relação à febre maculosa no município, por conta dos recentes casos confirmados na RMC.
A Secretaria de Saúde de Monte Mor, através do Setor de Controle de Zoonoses, alerta a população para que se atente sempre aos cuidados para evitar os perigos que a exposição ao carrapato estrela pode causar, como a Febre Maculosa, com casos confirmados na Região Metropolitana de Campinas, e registrando óbitos.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde, através da Regional Campinas - Grupo de Vigilância Epidemiológica de Campinas, em 2023 no estado de São Paulo, até a data de hoje, foram registrados 17 casos de febre maculosa, com 8 óbitos, incluindo os 4 confirmados desde o dia 12 de junho, e que estiveram em um evento na Fazenda Santa Margarida, em Campinas. Em 2022, foram registrados 63 casos, com 44 óbitos confirmados, e já em 2021 foram 87 casos e 48 óbitos.
Segundo a secretária de Saúde de Monte Mor, Eliane Piai, “é de grande importância que a população esteja informada que estamos na época de reprodução do carrapato estrela, pelo qual se dá a transmissão da febre maculosa, por meio de sua picada. Por isso, pessoas que estiveram em áreas verdes, onde existam avisos, ou que se aviste capivaras, cavalos ou animais silvestres, possíveis hospedeiros do carrapato estrela, e posteriormente apresentarem febre e dor pelo corpo, dor cabeça ou manchas avermelhadas pelo corpo, procure atendimento médico imediatamente, dizendo onde esteve. Informações como essa são fundamentais para um tratamento precoce, que evite o agravamento da doença”, afirma a secretária Piai.
Conforme o Setor de Controle de Zoonoses de Monte Mor informa o município tem sido monitorado constantemente, existem inclusive locais com placas alertando ser comum a presença de capivaras, mencionando “Área de Risco para Febre Maculosa”, como no São Rafael, em Monte Mor. As equipes do departamento de Saúde estão em alerta, tanto para os casos, quanto para a presença de capivaras na região, e solicita ainda caso alguém tenha avistado uma capivara ou algum animal silvestre, que informe ao setor de controle de zoonoses, ou diretamente a Secretaria de Saúde Municipal.
FEBRE MACULOSA
A febre maculosa, também conhecida como doença do carrapato, é uma infecção febril de gravidade variável, com elevada taxa de letalidade. Causada por uma bactéria do gênero Rickettsia é transmitida pela picada do carrapato. Entre junho e novembro, a infestação ambiental por ninfas de carrapato estrela é alta (o ciclo de vida do carrapato inclui as seguintes fases: ovo – larva – ninfa e adulto). O período de incubação da Febre Maculosa é de 2 a 14 dias. Portanto, é importante considerar as exposições ocorridas nos últimos 15 dias antecedentes ao início de sintomas.
OS SINTOMAS SÃO
Febre
Dor de cabeça
Dor no corpo
Vômito
Diarréia
Manchas avermelhadas pelo corpo
Os sintomas surgem cerca de 2 a 14 dias após a
picada do carrapato estrela infectado
Atenção: o carrapato pode às vezes não ser visto e a picada pode não ser sentida!
DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO
Pessoa com febre de início súbito, cefaleia, mialgia, associadas a mais uma das seguintes condições: história de picada ou a retirada de carrapato e/ou contato com cães e gatos que tenham acesso a áreas de mata e/ou que resida ou tenha frequentado área de transmissão e/ou de risco para febre maculosa nos últimos 14 dias.
Ou ainda pessoas com febre de início súbito, cefaleia e mialgia associadas a mais uma das seguintes condições: aparecimento de exantema maculopapular entre o segundo e quinto dias de doença ou manifestações hemorrágicas, desde que excluídas outras causas.
PRECAUÇÕES
Ao andar em local com carrapatos, verificar com frequência se há algum carrapato preso ao corpo, usar roupas claras com manga longa, calça comprida e calçado fechado.
Não há profilaxia recomendada a pessoas que frequentam áreas endêmicas, mesmo em situações em que houve parasitismo por carrapatos. Em tais situações de exposição, a orientação é monitorar o eventual aparecimento de sintomas (ainda que febre isolada) dentro de um período de 14 dias após a possível exposição.
Caso apareçam sinais ou sintomas, a pessoa deve procurar o médico e informar sobre a exposição, o que poderá contribuir para a suspeita diagnóstica precoce e início de tratamento antimicrobiano específico em tempo oportuno.