A região de Campinas foi reclassificada para a fase amarela do Plano São Paulo nesta segunda-feira (30 de novembro). O anúncio foi feito pelo governador João Doria no início da tarde. A medida não implica no fechamento de comércios, bares, restaurantes e escolas, destacou João Doria, que admitiu “claro aumento da instabilidade na pandemia”.
A mudança acontece quase dois meses depois da região ter avançado para a fase verde. Desde 10 de outubro, os serviços foram autorizados a funcionar com 60% da capacidade. O movimento nas ruas aumentou, escolas reabriram, restaurantes puderam funcionar por mais tempo.
Agora, com a reclassificação, não só a regional de Campinas fica em estado de atenção, mas todo o Estado de São Paulo voltou para a fase amarela. O governador pediu paciência, resiliência e que jovens usem máscaras e evitem aglomerações. O planejamento para as escolas está mantido conforme determinou a Secretaria de Educação de SP.
A próxima análise com divulgação de possível reclassificação do Plano São Paulo está prevista para 4 de janeiro.
O QUE MUDA NA FASE AMARELA?
– Estabelecimentos podem funcionar até as 22h
– Eventos com público em pé estão proibidos
– Todos os setores têm capacidade limitada a 40%
– Funcionamento máximo limitado a 10 horas por dia
COMÉRCIO E SALÕES DE BELEZA
Ocupação máxima: 40% da capacidade
Horário reduzido: 10 horas
Adoção dos protocolos geral e setorial específico
RESTAURANTES E BARES COM CONSUMO LOCAL
Ocupação máxima: 40% da capacidade
Somente ao ar livre ou em áreas arejadas
Horário reduzido: 10 horas, com consumo até 22h
Praças de alimentação: funcionamento permitido ao ar livre e áreas arejadas
Adoção dos protocolos geral e setorial específico
ACADEMIAS
Ocupação máxima: 30% da capacidade [limite previsto no plano, apesar do governo ter anunciado 40% para todos os setores nesta segunda]
Horário reduzido: 10 horas
Agendamento prévio com hora marcada
Permissão apenas de aulas e práticas individuais, mantendo-se as aulas e práticas em grupo suspensas.
Adoção dos protocolos geral e setorial específico
ALTAS NAS INTERNAÇÕES
De acordo com dados da Fundação Seade sobre o enfrentamento da pandemia, houve um aumento progressivo no número de novas internações por Covid-19 desde o início de novembro no Departamento Regional de Saúde da 7ª região (DRS-7), sediado em Campinas. São 42 municípios, incluindo Monte Mor, inseridos na regional.
O pico no mês foi de 104 hospitalizados com coronavírus na última quinta-feira (26 de novembro). Foi o maior número de internados em um dia desde 17 de setembro, que teve 116 registros de entradas de pacientes em hospitais da região.
A taxa de ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) na região está em 44,5%. Nas enfermarias, 36,8%. O número de UTI por 100 mil habitantes é de 11,9, mas já chegou perto de 20 quando a pandemia vivia o pico de casos, mortes e internações, em julho. Os dados foram atualizados pela Seade neste domingo (29).
Em relação aos casos positivos, houve aumento, com variação mensal positiva de 12,4%. Óbitos, no entanto, seguem em queda, com variação mensal negativa de 46,4%.
ALTA NA OCUPAÇÃO DE LEITOS
No caso da metrópole Campinas, a ocupação de leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) chegou a 75% na última sexta-feira (27 de novembro). Em toda a cidade, que incluiu unidades administradas pelo governo estadual e leitos particulares, a ocupação era de 58,8%.
A Monte Mor tem, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura no domingo, 1.777 registros de moradores infectados pelo novo coronavírus e 44 mortes causadas pela doença.